segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Gestão escolar Brasileira na perspectiva participativa e democrática

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO ESCOLAR





Helenita Cândida de Souza Cruz




Gestão Escolar Brasileira na Perspectiva Participativa e Democrática

                                                                
                                                                        Pólo: XV
                                                                                                    Turma: 01
                                                                                               Eurivaldina Santos






Salvador
18 /12 / 2012

Gestão Escolar Brasileira na Perspectiva Participativa e Democrática.



Quando falamos em gestão escolar nos vem logo à mente o gerenciamento administrativo. Gerenciar a escola é gerir os recursos possíveis. Muita coisa tem se falado sobre gestão democrática e participativa; porém temos que refletir muito sobre essa nova modalidade de gerenciamento, pois a mesma tem o objetivo de contribuir com a transformação social.
Para analisarmos a questão da gestão democrática na perspectiva participativa e democrática tendo como objetivo a contribuição de transformação social, faz-se necessário analisarmos a função social da escola, a gestão participativa e democrática e o papel do gestor.
Vivemos em uma sociedade capitalista e de grandes transformações onde muitos denominam como a era do conhecimento, e com tudo isso a escola tem grande e fundamental papel na transformação do individuo; se a sociedade se transforma a escola tende também a buscar transformações alterando a sua função social.
Se a função social da escola é formar cidadãos críticos, reflexivos, participativos, construindo conhecimentos, atitudes e valores precisa dessa forma rever o seu papel começando pela gestão escolar que precisa e deve ser democrática.
Desta forma deve-se começar pela maneira de como escolher seus dirigentes, a organização dos conselhos escolares e de toda a comunidade escolar.
Acredita-se, para que aconteça uma gestão democrática é preciso que haja uma gestão organizada, participativa, estabelecendo relações positivas com todos os funcionários, alunos, pais de alunos e os demais envolvidos.
O gestor educacional, assim como os demais precisam respeitar as diferenças do outro, pois somos universo único, movidos por diversas ações, sentimentos, de solidariedade, cooperação e fraternidade. Para fazer acontecer um bom trabalho, a equipe precisa manter atitudes positivas entre si, compartilhando informações, confrontando suas diferenças e privilegiando os interesses do grupo.
O sucesso da gestão de pessoas agrega respeitar e aceitar o outro com base na confiança e na união das diferenças personalidades, direcionando os esforços do grupo para os objetivos do trabalho.
Vale ressaltar que o modo democrático de gestão abrange o exercício do poder e também incluindo os processos de planejamento, a tomada de decisões e avaliação dos resultados alcançados, fortalecendo os procedimentos de participação das comunidades local descentralizando os processos de decisão e dividindo responsabilidades.
Nesse sentido, o aprendizado democrático implica a capacidade de discutir, elaborar e aceitar regras coletivamente e a superação de obstáculos e divergências dialógicas, na busca de resultados. A Constituição Federal estabeleceu a gestão democrática do ensino público dentre os sete princípios necessários para se ministrar e gerir as escolas públicas: Igualdade, liberdade, pluralismo, gratuidade, valorização dos profissionais de ensino, e garantia de padrão de qualidade, são os seis princípios que a constituição articula a gestão democrática de ensino.
A gestão democrática de ensino sintetiza diferentes formas de participação coletiva nos processos de administração dos recursos e na construção dos projetos educacionais e na implementação pedagógica tendo às responsabilidades compartilhadas, a confiança mútua, a sensibilidade para ações inovadoras e criativas em busca das principais finalidades para uma educação de qualidade.
A escola, como instituição coletiva para expressar o trabalho dos vários segmentos que a compõe , deve organizar-se. A participação da comunidade, orientada por objetivos comuns, é um requisito fundamental para a implantação da autonomia pedagógica, administrativa e financeira. Desse modo, as decisões devem ser tomadas na coletividade, envolvendo outros segmentos, tais como: órgãos colegiados: Grêmio estudantil, Associação de Pais e Professores, servidores e comunidade local, além do diretor e da equipe gestora. Pode-se entender também que o conhecimento relacionado ao PPP, ao Regimento Escolar e ao PDE, para o gestor é de suma importância, pois eles norteiam o trabalho do mesmo, além do ECA, do Estatuto do Servidor do Magistério, dos Planos Municipais, Estaduais e Nacional de Educação.
Outro processo que deve ser tomado como referência e até mediado pelo gestor, refere-se à avaliação, entendo que a da aprendizagem refere-se ao crescimento pedagógico e a institucional, interna e externa, fazem um diagnóstico do que a escola é e orienta as ações as quais ela precisa compreender para enfrentar os desafios do viver pedagógico.
Diante da gestão participativa, é que a escola poderá evidenciar os quatro pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Entretanto, este é um processo longo que requer perseverança dos lideres, uma vez que até então, não estávamos acostumados a dividir tarefas e responsabilidades e que obstáculos aparecerão, porém estes, não deverão ser colocados como intransponíveis para que se pratique e consolide a democracia em nossas escolas.
Trabalhamos em uma escola Pública onde procuramos interagir com todos, sempre atentos e perseverando numa gestão de participação, coletividade, diálogo, respeito, solidariedade e harmonia. Buscamos sempre a participação da família, envolvendo-os nos projetos, reuniões, eventos, etc. Na unidade Escolar que trabalhamos estamos sempre delegando atividades e responsabilidades entre todos; Conselho escolar, nas reuniões de pais e mestres, diretoria do PDDE e PDE, dentre outros.
A gestão escolar democrática é apontada, atualmente como um dos meios para soluções em busca da transformação do sistema atual de ensino, destacando as mudanças direcionadas para descentralização do poder, necessitando assim, da realização de um trabalho voltado para a participação coletiva dos vários segmentos da escola e da comunidade.
Nesse sentido voltado para o comprometimento do dever de gerir uma unidade escolar colocamo-nos como candidata a gestora da Escola Liberino Vitor Pereira, para o triênio 2012- 2015, expondo nossas concepções, objetivos e ações no intuito de promover o crescimento institucional, favorecendo mudanças significativas no sistema escolar.






 

Referências[1]



BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. - LDBN. Lei nº. 9394/96 de 20 de dezembro de 1996.

CARVALHO, Maria Celeste da Silva; Progestão: Como construir e desenvolver os princípios de convivência democrática na escola?, módulo V- Brasília: CONSED- Conselho Nacional de Secretaria de Educação, 2001.

FREITAS, Kátia Siqueira; Progestão: Como articular a gestão pedagógica da escola com as políticas da educação para a melhoria do desempenho escolar?, módulo X – Brasília: CONSED- Conselho Nacional de Secretaria de Educação, 2001.




[1] Baseada na NBR-6023/2002, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

Nenhum comentário:

Postar um comentário